Finalmente a minha manta

Depois de quase um ano com esta manta  no colo e aos pedaços,  e dois quilos de  fio depois, a  manta finalmente acabou e está pronta.
Fiz ao acaso. Não queria fazer em quadrados e então decidi fazer em tiras. Mas as tiras eram curtas e fiquei sem paciência para fazer tiras com 1,70 m  de largura.
Por isso decidi  fazer daquela medida que tinha começado, mas várias tiras e depois uni-las. E assim foi. Fui fazendo e depois de tudo pegado e rematado, fiz uns leques em volta, depois de umas quantas voltas em ponto baixo e o resultado ficou bom.
É diferente, ficou macia e parece  feita em pinceladas. Como se tivesse pensado num quadro e o tivesse colocado em lã. A foto foi tirada à noite e como quero colocar este post, ficou com pouca luz, foi com o telemóvel, nem sequer tinha a máquina com  bateria.


Usei esta colcha como uso outras coisas, por exemplo a cozinha, este blog, a escrita, a costura , as artes manuais,  como terapia.  Vivi há uns nos uma depressão que me  foi  isolando, teve infelizmente a ver com a perda do meu trabalho fora de casa, ao fim de 34 anos, mas não só. Teve também a ver com a minha entrada na menopausa, e com alguns problemas familiares daqueles bicudos que não dependem de nós.

Passei um mau bocado, mas hoje estou bem melhor e encaro a vida com outros olhos.
Posso garantir-vos que já tive uma série de blogues, algumas das pessoas que acompanham este já acompanharam outros,  algumas  que se tornaram amigas, que me escrevem e  dão apoio, outras que eu também sigo nos seus blogues. Podem acreditar que  melhor do que comprimidos é mesmo nós podermos dar largas à nossa imaginação.
Todos nascemos com algumas criatividade e jeito para uma série de coisas. Vamos fazendo, tentando e aperfeiçoando. Quando damos por ela, as tais " encucações", a tristeza, a depressão, começa a desvanecer e a ir embora.
Outra das ajudas que tive, foram as inúmeras páginas que tenho tido no Facebook, no twitter, etc.

Comecei a dar opinião nas músicas que ouvia no Youtube, comecei a participar no Pinterest e em diversos blogues que sigo, tudo isso junto tem ajudado a vencer a tremenda tristeza que já morou em mim.

Mas,   é preciso dizer, eu sou nostálgica.
Adoro música, dançar e cantar.
 Quantas vezes dou por mim  a cantar enquanto faço coisas , mas vai não vai, gosto de ficar no meu canto, sentar e meditar um pouco, ou quando ando a passear a minha cadela.
Também isso, o passear a minha Tara, e tratar de plantas, dos meus gatos ( ainda recentemente perdi um, que me deu um enorme desgosto), tratar dos meus peixes, ir às compras, tudo tem contribuído para melhorar e ainda ficar melhor, este ano que agora começa.

Infelizmente a nossa vida, quem é mãe e pai, não depende só de nós. Tanta coisa há que nos aflige e gostaríamos de contar, poder partilhar e serenar dentro das nossas almas, a vida não está fácil e nós somos impotentes perante a vida de outros, das escolhas que fazem, do futuro que querem, de como gerem as suas vidas,  tudo isso nos afecta e vai desgastando, vai tirando o ânimo que teimosamente e por vezes obstinadamente,  queremos que esteja connosco, queremos para nós, para nos sentirmos vivos e válidos.
Também  na mesma ocasião, perdi meu pai, a quem eu adorava. Hoje já consigo falar do assunto, mas ainda dói muito.

Por isso tantas vezes vos peço, comentem em vez de me escreverem, sei que quem aqui vem, já o faz há muito e gosto de todos. Agradeço a todos porque foram parte da minha vida em momentos mais tristes, também vos quero agora que me sinto melhor.

A todos desejo as maiores felicidades para este ano que começou há dias e continuem a vir até aqui. Eu terei sempre a minha porta aberta, a do meu coração!

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